Uma Iniciação Mitológica e Filosófica


 

Caríssimos Irmãos

Que maravilhosa Ordem é esta que nos permite acessar as mais diversas áreas do conhecimento?!!! Há caminhos para todos os gostos!!! 

É um desses caminhos sobre o qual gostaria de comentar: A Mitologia e sua prima-irmã, a Filosofia.

Em pesquisa geral e especialmente na Pesquisa Maçônica há uma frase que costumo repetir à exaustão:

"Puxamos uma pena... e vem uma galinha!"

Bom! Sobre a Mitologia trilhei um caminho insólito. Tudo começou com o interesse de minha esposa pelas obras de Madame Blavatsky e a Teosofia. Este termo, Teosofia, me chamou a atenção e descobri que era um termo de origem neoplatônica, ou seja, um conjunto de doutrinas de inspiração platônica.



Sócrates - 469 a 399 a.C.


Pois bem! Chegamos,então, ao conhecido Platão, discípulo de Sócrates, considerado o Pai da Filosofia e que, dele mesmo, nada deixou de escrito. Tudo o que ensinou foi registrado por seu pupilo e admirador que, na verdade, não se chamava Platão e sim Arístocles.
Este apelido ele ganhou por ser um atleta e de forte compleição física. 

Platon significa ombros largos, omoplatas largas, uma marcante característica deste pensador grego.

O grande Sócrates, filho de um pedreiro e de uma parteira, se utilizava de uma técnica através da qual ele conduzia seu interlocutor por caminhos intrigantes da argumentação. Esta técnica chamava-se maiêutica e, através dela, Sócrates, em um tributo ao ofício de sua mãe, fazia "parir" as verdades.

Eis que me ocorre a seguinte questão: Qual teria sido a substância a partir da qual Sócrates desenvolveu seu conhecimento? Quais histórias teria o menino Sócrates ouvido de seus ancestrais? Que fonte cultural teria alimentado aquela mente naturalmente iluminada?

Estas questões me levaram a uma obra maravilhosa chamada "A Cidade Antiga", de um autor com o estranho nome de Fustel de Coulanges. Nesta obra, meus Irmãos e amigos, somos levados a um passeio pelos costumes e religiosidade do povo grego arcaico, aqueles que habitaram e povoaram as ilhas gregas 1000 anos antes de Sócrates e cuja cultura certamente influenciou as histórias fantásticas de Homero e Hesíodo.

E como falar em Homero sem mencionar uma de suas maiores obras, a Odisseia? Sobre esta fantástica obra, tive a felicidade de encontrar uma edição traduzida por um português especialista em Grego. Trata-se da obra "A Odisseia de Homero - Adaptada para Jovens", por Frederico Lourenço, onde temos acesso em uma prosa de grande fluidez e leitura fácil ao invés do texto original em versos e bastante indigesto a nós mortais.





O livro narra as aventuras e desventuras de Odisseu que, após lutar na Guerra de Tróia, tenta voltar ao seu lar em Ítaca, mas encontra inúmeros obstáculos pelo caminho: criaturas míticas, fúria de deuses etc.Uma leitura imperdível.

Por sinal, pouco antes desta postagem, encontrei outra obra do tradutor Frederico Lourenço: trata-se da "Ilíada de Homero - Adaptada para Jovens". Pela qualidade da primeira não hesitei em encomendá-la. A Ilíada narra o penúltimo ano da Guerra de Tróia e seria, cronologicamente falando, anterior à Odisseia.




Deixando um pouco esta viagem em direção ao passado me senti interessado em voltar ao mundo Platônico e, mais uma vez fui brindado com a descoberta de um fantástico canal no Youtube, a Escola de Filosofia, onde o Professor Leonardo Zucarato Ferreira verdadeiramente e brilhantemente disseca obras clássicas do conhecimento humano e a partir daí foi ladeira abaixo. 

As aulas sobre Platão, Nietzsche, Kant e tantos outros que me direcionaram para outra grande obra. Um best seller: Aprender a Viver, do Luc Ferry. Um verdadeiro passeio pela Filosofia em uma linguagem supertranquila. Uma deliciosa leitura.



E qual não foi minha surpresa ao saber que este grande autor havia publicado uma sequência de seu livro dedicada exclusivamente à Mitologia?

A Sabedoria dos Mitos Gregos: Aprender a Viver II me absorveu numa leitura frenética da primeira à última página. Esta obra me deu a certeza de que tanto a Filosofia quanto a Mitologia podem estar presentes em nossas vidas muito mais do que imaginamos.

A vida como ela é, o mundo real está mais do que representado nos símbolos mitológicos. Nossa existência é uma luta heroica contra a Hybris que nada mais é do que o desequilíbrio do cosmos, o aumento da Entropia, a tendência ao caos de todos os sistemas universais. É tudo que vai de encontro à Ordem natural das coisas.

E para reduzirmos a Entropia e restaurarmos a Ordem precisamos dispender energia. Já abordamos este tema no artigo "A Física Maçônica".

Ao viajarmos através de outras Mitologias (Egípcia, Nórdica, Persa, Cristã etc) constatamos que os arquétipos da humanidade tramam um grande tecido que cobre uma Verdade única, mas ela, a Verdade quer se mostrar e aparece aqui e ali, caprichosamente se esquivando às nossas buscas.

Pois bem, meus queridos Irmãos e amigos, eu vos convido a mergulhar neste universo tão mágico quanto real, tão antigo e atual que é a Mitologia e deixo para vossa apreciação dois frutos de minha lavra mas em formato audiovisual. São singelas abordagens sobre a origem dos Deuses sob duas visões diferentes, mas conexas: a Egípcia e a Grega.

Estão bastante longe de representarem um estudo profundo e destinam-se mais a fomentar o interesse dos Irmãos em visitarem o interior de suas almas e, retificando-se, buscarem suas pedras filosofais.

Um Tríplice e Fraternal Abraço













https://youtu.be/FY06rdon_vs
















https://youtu.be/pTol9gzS1TY

























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Mario Vasconcelos

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Ouse buscar o conhecimento pelos seus próprios meios. Duvide. Questione sempre. Você será o único a desfrutar (ou sofrer) quando descobrir sua própria verdade.