Lojas "Quatuor Coronati" e a Pesquisa Maçônica.



"Somos eternos Aprendizes!"



Talvez esta seja a frase que mais ouvimos em nossa caminhada pela vida Maçônica, mas será que vivenciamos, de verdade, este sentimento?

Partindo da premissa que sim nossa Ordem passa a ser um rico manancial para este aperfeiçoamento do homem e, por consequência, da sociedade.

E, uma das primeiras habilidades que deveríamos desenvolver é a de buscarmos conhecimento em bases sólidas, aprender a Pesquisar.

Com este propósito foi criada, em 1884, a Loja Quatuor Coronati n° 2076, a primeira Loja voltada exclusivamente para a Pesquisa Maçônica.



A Loja Quatuor Coronati nº 2076 se reúne cinco vezes por ano:
  • na segunda quinta-feira de novembro (instalação)
  • terceira quinta-feira de fevereiro
  • segunda quinta-feira em maio
  • quarta quinta-feira de junho
  • e segunda quinta-feira em setembro.


As reuniões da loja geralmente são realizadas no "Freemasons 'Hall, Great Queen Street, Londres". Sede da Grande Loja Unida da Inglaterra.

Origem do Nome "Quatuor Coronati"



Significando "Os Quatro Coroados" este nome teve origem em uma lenda, segundo a qual, na região da Panônia e durante o governo de Diocleciano, este solicitou a quatro pedreiros que esculpissem uma estátua em homenagem a um deus pagão (Esculápio). 

Os artesãos, fieis às suas convicções religiosas, se recusaram e, por isso, foram martirizados, tendo as cabeças adornadas com uma coroa de pregos que penetraram seus crânios sem os matar.

Foram então colocados em caixas de ferro e atirados ao mar ainda vivos.

Após a estátua ser erguida, quatro soldados receberam ordens de oferecerem incenso ao deus e também se recusaram o que lhes custou a vida.

Fato é que a simbologia oculta nesta alegoria nos remete à grande dificuldade representada pelo trabalho de pesquisa maçônico.

O papel (e a Internet) aceita tudo e é muito fácil criar teorias mirabolantes baseadas em "achismos" e "inverdades tradicionais" que, de tanto repetidas e passadas adiante sem questionamento algum, acabam obtendo o status de fato irrefutável.

Difícil mesmo é mergulhar no trabalho de "minerar" a verdade, de pesquisar com método e referências em fontes bibliográficas de qualidade e documentos confiáveis.

Esta é a principal missão na qual se lançam os membros destas Oficinas de Pesquisa Maçônica.

Os Frutos do Trabalho


A Loja Quatuor Coronati n° 2076, primeira nesta nobre seara, foi consagrada em 1886 e, a partir de 1888 passou a receber trabalhos dos Irmãos, submetê-los a rigorosos criterios acadêmicos de seleção e publicá-los em sua revista anual, a AQC (Ars Quatuor Coronatorum).

Os Irmãos de todo o mundo podem assinar esta publicação e, assim, participarem do Círculo de Correspondência da Quatuor Coronati recebendo, anualmente, esta joia da literatura maçônica mundial que está na sua edição número 132 (Ilustração abaixo).





Além disso a Loja também promove, para os assinantes do Círculo de Correspondência, Conferências anuais em diversos países. Este ano o evento será realizado em Massachusetts, Boston, de 18 a 20 de setembro.


A Quatuor Coronati São Paulo


Considerando a importância da formação continuada dos Maçons nos campos cultural, ético, espiritual e outros;

Considerando a necessidade de uma Loja que concentre, coordene e desenvolva as capacidades de fomento à pequisa maçônica regular e baseada em metodologia científica;

O então Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, Irmão Ronaldo Fernandes, no dia 31 de janeiro de 2019, emitiu Ato criando a Augusta e Respeitável Loja de Pesquisa Maçônica Quatuor Coronati São Paulo - nº 333, sem dúvida um passo importantíssimo para a qualidade da informação histórica da Maçonaria a ser buscada e compartilhada com os Irmãos.

Saliento que a natureza das pesquisas e trabalhos apresentados e avaliados pelas Lojas Maçônicas de Pesquisa é eminentemente documental e histórica, ou seja, dificilmente se encontram artigos que versem, por exemplo, sobre conceitos filosóficos ou simbologia pois estas áreas do estudo maçônico, apesar de igualmente importantes, suscitam, via de regra, interpretações pessoais e subjetivas.

A pesquisa, nos moldes praticados pelas Lojas de Pesquisa trabalham sobre fatos, atas, documentos e literatura devidamente referenciada.

Considerações Finais


Muitas Lojas existem que se dedicam aos propósitos aqui citados. Nem todas levam o nome de Quatuor Coronati, mas certamente a lenda dos Quatro Mártires Coroados nos remete ao árduo e sacrificante trabalho de se realizar uma pesquisa séria, por amor à verdade.


Nas lendas simbólicas de nossa Augusta Ordem há três "elementos" contra os quais trava-se uma permanente batalha: a Ignorância, o Fanatismo e a Tirania.

A Pesquisa séria sobre Maçonaria é um eficiente antídoto contra todos, direta ou indiretamente, pois esmaga a ignorância que é um dos principais ingredientes do fanatismo e, estes, por sua vez favorecem o domínio dos Tiranos.

Não é interessante, para governos autocráticos e ditatoriais, que a sua população tenha uma boa educação. 

A educação liberta na medida em que confere ao homem a consciência de sua dignidade e de sua posição na sociedade.

Também dificulta a propagação de dogmas ou "verdades absolutas" fazendo com que o ser humano utilize, de forma eficaz, o seu maravilhoso encéfalo. Viabiliza o questionamento e torna bem difícil que conceitos sejam impostos sem um fundamento lógico racional.

Clicando AQUI os leitores têm acesso a uma relação de diversas outras Lojas de Pesquisa espalhadas pelo mundo.

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Fraternais Saudações!





D.Pedro e a Maçonaria: uma relação complexa.



A Maçonaria deve se manter distante da política, mas, como sabemos e constatamos, alguns maçons não hesitam em misturar as duas.

Por outro lado, o desconhecimento da história muitas vezes pode nos pregar peças. 

D. Pedro I merece homenagens por vários motivos, o maior dos quais é a Independência do Brasil. 

Como maçom, no entanto, foi responsável por um dos períodos mais tristes da maçonaria brasileira.

Eis uma breve cronologia:

2 de agosto de 1822
D. Pedro é iniciado e no dia 5 foi exaltado como mestre.

4 de outubro de 1822
D. Pedro é empossado no cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente Brasílico;

21 de outubro de 1822
D.Pedro decreta a suspenção dos trabalhos da maçonaria brasileira;

25 de outubro de 1822
D. Pedro decreta a reabertura dos trabalhos maçônicos, mas nada faz para que isso efetivamente acontecesse, e a maçonaria, evitando suas retaliações, permaneceu fechada;

7 de abril de 1931
D. Pedro abdica do trono em favor de seu filho. 

abril - setembro de 1831
Livres da desaprovação do agora ex-imperador, os maçons começam a articular a volta da maçonaria;

outubro de 1831
Reunem-se novamente os maçons e definem a criação de três lojas;

23 de novembro de 1831
O G.O.B. lança um manifesto conclamando todos os maçons para que se reúnam sob uma só potência.

Os trabalhos só seriam efetivamente retomados em 1832.

Autor:
Irmão Sergio Koury Jerez
Membro Efetivo da ARL de Pesquisa Maçônica Quatuor Coronati São Paulo - n° 333

O Conflito Necessário







Não é recente a costumeira associação entre a história da Ordem Maçônica e da Ordem dos Cavaleiros TempláriosSeja ou não abençoada pela verdade histórica, alguns pontos desta associação podem render frutíferas considerações.

Primeiramente podemos lembrar que os Pobres Cavaleiros de Cristo, apesar do nome, eram tidos, pelo senso comum, como afortunados e privilegiados. Monges-Guerreiros bem alimentados, com boas vestimentas, cavalos e armas de qualidade. 

No entanto algumas das regras fundamentais da Irmandade eram a obediência plena, a humildade e o despojamento dos bens materiais. Nada lhes era próprio, suas roupas, sua malha, sua espada, nada e eles estavam rigidamente submetidos à vontade da Ordem. 

Quando do seu sepultamento era enterrado nu, envolto apenas em uma mortalha de algodão, sobre uma tábua e de boca para baixo pois tamanha era a humildade apregoada que nenhum deles seria digno de olhar para o céu, a morada do Altíssimo.

Nós, Maçons, também somos vistos como uma elite poderosa e privilegiada, uma força oculta, sombria e cheia de tentáculos espalhados pelos mais variados nichos de poder da sociedade, além de ricos e prósperos sempre. 

Mas a realidade é que os ternos pretos, com colares, joias e vistosos paramentos escondem, por vezes, corações aflitos, com suas vulnerabilidades e problemas das mais diversas naturezas.

Não podemos, como os Templários, dedicar nossas vidas inteiramente ao sacrifício pela Ordem pois temos família e as atribulações inerentes ao ganho do pão diário para a mesa, mas, certamente, viver plenamente a prática Maçônica implica uma considerável dose de sacrifício pessoal, familiar e comprometimento

Mas a virtude templária que evidenciamos nesta peça é a coragem inquebrantável para o enfrentamento dos conflitos. Os Cavaleiros Templários eram os primeiros a pisarem no campo de batalha e os últimos a saírem dele. Ao contrário dos demais Guerreiros Cruzados eram terminantemente proibidos de abandonarem o teatro de batalha sem uma clara determinação superior. 

Esta coragem é que nós, Maçons, precisamos desenvolver ou aprimorar ou disseminar para nos lançarmos em um conflito bem menos sangrento, mas também potencialmente lesivo: o conflito de opiniões

Com a popularização das redes sociais a prática do debate levou a um comportamento maniqueísta, polarizado e a uma competitividade ideológica que passa bem longe da dialética edificante

Nos autodenominamos livres-pensadores e, como tal, devemos valorizar o diálogo construtivo como ferramenta de busca do bem comum. Não é a minha ou a sua opinião que deve prevalecer, mas o fruto de uma negociação que tem seu foco na melhor deliberação para a Oficina. 

Que tal repensarmos esta valorização talvez até inconsciente da unanimidade como virtude. Uma decisão unânime não necessariamente significa que existe união em uma Loja Maçônica e vice-versa. 

É notório que, em nossos Templos, algumas votações unânimes escondem desinteresse pelo assunto em pauta, “efeito manada” onde alguns se pautam pela maioria ou falta de coragem em expor opiniões contrárias ao “senso comum”. 

E esta última possibilidade é a que consideramos mais séria e não condizente com a postura de um livre-pensador. Analogamente seria o Templário que, frente à iminência da morte, deixa cair sua espada, trai seus votos e, deploravelmente, foge do campo de batalha.

Meus Irmãos, somos Eternos Aprendizes!

Precisamos desenvolver ou aperfeiçoar a arte de negociarmos pontos de vista sem paixões ou vaidades. Sem nos melindrarmos ou tomarmos uma opinião contrária como pessoal. O foco deve ser sempre o interesse coletivo, mesmo que tenhamos de ceder em um ou outro ou todos os pontos!

Não precisamos, ao contrário da guerra real, vencermos debates. Necessitamos sim ouvir com empatia, discordar com respeito, ponderar com humildade.
A diversidade de visões, vivências e opiniões só enriquece o produto final de uma negociação. 

Infelizmente, sob pretexto da manutenção da Harmonia em Loja ou de sessões menos demoradas (afinal o ágape não pode esperar), perde-se muito na qualidade das decisões quando estas são submetidas a votação sem o devido burilamento.

Convido-os a esta reflexão, meus Irmãos. 

Não deixemos morrer as atribuições de um livre-pensador e de nosso vínculo (seja histórico ou simbólico) com os bravos monges-guerreiros, Pobres Cavaleiros de Cristo, que não fugiam do combate mesmo constatando uma mortal desigualdade numérica. 

Portanto nunca deixem de enriquecer as deliberações maçônicas com vossas opiniões, mesmo frente a uma iminente “derrota” posicional.

Opiniões não são armas!

Opiniões são alicerces que precisam de outros para, temperadas pela sabedoria, concorrerem positivamente para a construção final da Opus Magnum[1].

E, finalizando com uma antológica frase de nosso grande Irmão Voltaire...

“Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o último instante seu direito de dizê-lo”



[1] Grande Obra

O Mestre e a Luta Contra a Vaidade

Tomo a liberdade de partir do pensamento do Grande Ernest Hemingway para suscitar as reflexões que se seguem:

Muitas vezes nos esquecemos da natureza eminentemente “simbólica” na distinção entre os graus e cometemos o grave equívoco de não discernirmos o que se trata de simbologia do grau com outros conhecimentos e temas que deveriam ser fraternalmente debatidos entre quaisquer Maçons, independente do seu grau simbólico ou filosófico. 

Há que se ter muito zelo, tato e principalmente humildade no trato com nossos Irmão em geral e, muito especialmente, com nossos Aprendizes, que são os alicerces de nosso futuro, herdeiros potenciais da Ordem Maçônica e que, no futuro, serão Mestres, capacitados, instruídos, cultos, preparados e virtuosos na medida em que tiverem bons exemplos a serem seguidos.

Certamente que nossa Fraternidade é uma Escola para a Vida e, em uma instituição voltada para o aperfeiçoamento moral faz-se necessária uma estrutura onde o mais experiente orienta o caminho do mais novo na Ordem. 

Isto é ponto pacífico. Sem dúvida alguma a estrutura hierárquica de cargos e graus “simbólicos” merecem nosso mais profundo respeito e reverência pois, em tese, trazem consigo a vivência e, em muitos casos, um vasto conhecimento desenvolvido com a prática na Arte Real e, aos amantes da leitura, com muito estudo e pesquisa.

Ocorre que volume de conhecimento está longe de se traduzir automaticamente em sabedoria, verdadeira Pedra Filosofal que suaviza e enriquece o caminhar do homem. 

Insira milhões de dados em um supercomputador e depois coloque-o frente a situações que exijam compaixão, resiliência, intuição, tolerância ou interpretações de nossas normas que divirjam da meramente literal (sem entrar no mérito das imperfeições existentes em nossa legislação). Certamente que nos decepcionaríamos com o resultado.

Alguns vão contra argumentar acenando com a aplicação Inteligência Artificial e o Aprendizado de Máquina, e tantas outras áreas correlatas do conhecimento que emergem com força colossal em nossos dias. 

Não duvidamos que este dia possa chegar. Mas penso não ter tempo de vida suficiente para ver a ciência substituindo a sensibilidade humana por algoritmos digitais inteligentes.

Estamos falando de seres humanos, da relação entre um Mestre Experiente e um Aprendiz, via de regra, atordoado com o oceano de informações disponível à sua frente.

Nossa Ordem é extremamente sabia e perspicaz ao testar nossa vaidade com títulos, cargos, jóias, paramentos e graus. Sábio também é aquele Irmão que resiste a estas tentações e se vigia para nunca esquecer da imaculada brancura e beleza singela de nosso primeiro avental.

Gustave Flaubert, numa leitura da hagiografia[1] de Santo Antão, na obra “As Tentações de Santo Antão”[2], fez questão de reforçar que Antão era um homem excepcional, praticamente um não humano, que resistiu a tudo. 

Porém, ele usa a história de Antão salientar que a vaidade é um dos mais sérios e comuns pecados cometidos pelo homem. 

Ele relata que o demônio teria desistido de assediar Santo Antão, pois, após décadas de incansáveis tentações apresentadas ao Santo, quanto este já contava seus 105 anos, virou-lhe as costas e disse: “Você venceu! Pela primeira vez na história alguém foi mais forte que eu” e se retirou da caverna.

Antão caiu de joelhos e agradeceu a Deus com uma oração simples, “Muito obrigado, agora me tornei um santo”.

Era tudo o que o demônio precisava ouvir. Deu um sorriso largo e imediatamente voltou. Antão resistira a tudo, menos a vaidade de ser santo.

Quantos de nós não conhecemos a provocativa e reflexiva passagem bíblica “Vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. (Eclesiastes 1:2)Já se perguntaram, queridos Irmãos, a razão desta passagem integrar o universo de saberes simbólicos de nossa Ordem?

Procuremos interpretar estas mensagens. Elas trazem recados de nossos ancestrais. Eles gritam, do silêncio de suas tumbas: “Vigiai, Irmãos!!! Vigiai, pois o perigo de uma queda moral está em toda parte!!!”

Na formação do Aprendiz, futuro Companheiro, futuro Mestre, futuro Venerável e assim por diante, precisamos ter a humildade de compreendermos que a edificação do conhecimento se faz de forma horizontal, lado a lado, olho no olho e não com a superioridade de quem se dirige a um Irmão de grau “simbolicamente” inferior como se olhasse um súdito ou um subalterno dentro de um quartel.

Infelizmente Irmãos falam de hierarquia (fator extremamente necessário em nossa ordem), mas ignoram ou negligenciam o momento correto em que ela se faz necessária.

São nestes momentos onde a sabedoria verdadeira se faz presente e mostra seus doces frutos.

O Modelo vertical e unidirecional de “transmissão” Professor-Aluno já deu inequívocas e nefastas provas de sua obsolescência.

O verdadeiro educador cresce junto com seu educando, pois o processo de qualquer aprendizado é uma enriquecedora troca de saberes.

Uma verdadeira “construção” onde o Mestre cerra fileiras com seu Aprendiz, demonstrando a humildade necessária aos grandes homens e ajudando-o a fortalecer o alicerce da Opus Magnum (Grande Obra).

Excetuando-se, obviamente, os temas resguardados pelo sigilo dos graus simbólicos, a generosidade no compartilhamento das informações deve ser uma constante.

Como Mestre sinto a necessidade gritante de compartilhar o pouco conhecimento que julgar útil ao meu Irmão. Não importa se este conhecimento foi obtido à custa de muitas e muitas horas de pesquisa, estudo, leituras e buscas.

Se não pudermos compartilhar conhecimento útil com nossos Irmãos, se não pudermos tornar a vida deles um pouco melhor ou suscitá-los à meditação e reflexão, de que terão me servido tantas leituras, tanta informação acumulada?

Nossos neófitos, meus Irmãos, felizmente, têm sido recebidos em nossas fileiras cada vez mais preparados. Iniciados com vivência e formação profana muitas vezes superior às do seu Iniciador!

Mentes que não se conformam mais com respostas dogmáticas ou do tipo “Você vai saber quando chegar a hora! ”, muitas vezes usadas como subterfúgio para a ignorância de quem é questionado.

Muito melhor e mais digno dizer: “Meu Irmão, eu não sei, mas vou pesquisar e me esforçar para encontrar a resposta”.

Sejamos mais humildes, meus Irmãos! Falo da humildade verdadeira pois a falsa humildade é a mais abjeta das vaidades. Aprendamos a usar o Nível sobre nossas cabeças! Lembremo-nos do que somos feitos! Ossos! Quebradiços e destinados ao pó da igualdade!

Assim contribuiremos verdadeiramente para que nossos Aprendizes tenham exemplos de virtudes calcadas na maior delas: a humildade genuína e despretensiosa! Base sólida para o aperfeiçoamento do homem e da Humanidade.

Finalizando e agradecendo a fraternal atenção dos Irmãos, deixo uma frase atribuída ao Mestre Nazareno, que, com o devido respeito e deferência a todas as orientações religiosas, traz, para nossos corações e mentes, o calor de uma serena reflexão.

“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.”
                                                                                                                            (Jesus, o Cristo)










[1] Biografia ou estudo sobre a biografia de santos.
[2] FLAUBERT, Gustave – Editora Iluminuras, São Paulo, 2004.

O Mestre Hiram Chora

Sim. Ele, Hiram Abif, o protagonista de uma das principais lendas da Maçonaria, chora ao ver o declínio de uma fraternidade que já teve seus momentos de gloriosa luta e significativas vitórias na História Mundial.

A  Ordem Maçônica, atravessa  uma  séria crise mundial que precisa ser enfrentada com coragem e energia.

A Evasão Maçônica é um fato e diversas Potências buscam soluções para conter este sério problema.

O vídeo no final desta postagem é apenas uma ilustração deste fenômeno de esvaziamento nos quadros das Lojas.

Outro trabalho publicado e que reflete o problema e apresenta algumas sugestões é a Obra ELOS PARTIDOS - Disgnóstico e Prevenção da Evasão Maçônica.



Clique na Imagem acima para ler a Introdução
e o índice de temas abordados na obra.


Este espaço virtual se propõe a engrossar as fileiras na luta pela nossa Ordem que tanto tem a colaborar para a formação do homem e da sociedade.

Há muitos caminhos para trazer nova Força e Vigor à atuação Maçônica no trabalho de aperfeiçoar o homem e, consequentemente, o mundo em que vivemos.

Mas estes caminhos passam, necessariamente, por uma urgente e, doravante, contínua reflexão e autocrítica das Pedras que formam esta catedral, ou sejam, seus membros espalhados pelo planeta e, em nosso caso específico, por esta generosa Nação Brasileira.

A Maçonaria não pode mais se dar ao luxo de permanecer deitada sobre os louros das conquistas passadas e é certo que homens dignos se levantam aqui e ali com determinação e coragem para lutar pelo Brasil, mas ainda estamos longe de um trabalho planejado, estruturado e bem executado.

Cada Mestre de uma Loja precisa assumir sua responsabilidade neste contexto sem se deixar tomar pela vaidade ou ilusão de que sua jornada terminou após a exaltação.

O texto O Mestre e a Luta Contra a Vaidade aborda alguns aspectos importantes da postura esperada de um Mestre.

Na verdade no Mestrado Maçônico é onde o verdadeiro e mais árduo trabalho deve começar. 

Não podemos mais planejar os trabalhos de nossas Oficinas apenas para o próximo semestre. Não! A visão tem que ir mais além. Urge que saibamos onde queremos estar dentro de dez, vinte anos! Pois se não soubermos onde queremos chegar, qualquer caminho serve, ou seja, não chegaremos a lugar nenhum.

T:.F:.A:.


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Ouse buscar o conhecimento pelos seus próprios meios. Duvide. Questione sempre. Você será o único a desfrutar (ou sofrer) quando descobrir sua própria verdade.